DELEGADO CONSTRANGE JORNALISTA E AOS EMPURRÕES O ENXOTA DO 59 DISTRITO POLICIAL
Na madrugada da última quinta feira 16/06 por volta das 2h00 da manhã o jornalista e radialista Edson Marques foi vítima de agressões (verbais e física) a ainda constrangimentos praticado pelo Delegado de Polícia Dr. José Carlos Afonso de aproximadamente 70 anos de idade e, segundo ele, 32 anos de polícia sendo 5 naquele distrito.
Tudo começou quando o jornalista compareceu ao 59 distrito policial que fica no Jd. Helena, zona Leste da Capital, para acompanhar o registro de uma ocorrência de furto qualificado praticado pelo jovem Diego da Paz de 20 anos de idade que fora preso em flagrante pelos policiais militares Soldado Laio e Soldado Gonçalves da viatura 21.301.
De acordo com os militares o acusado havia adentrado a Loja de acessórios para carro (Shopping Car) que fica na Av. Marechal Tito 4041, com o disparar do alarme o mesmo tentou evadir-se levando consigo 2 alto-falantes e 3 calotas para roda de veículos.
“Ele tentou fugir mas nós conseguimos agarrá-lo e trazê-lo aqui para o distrito” afirmou o Soldado Gonçalves.
Marcelo o prietário: Eles arrumam um jeitinho e entram
O proprietário do estabelecimento Marcelo Gilberton, afirmou que essa já é a quarta vez que a loja é furtada, apesar das câmeras de circuito interno, alarme e reforço nas portas “eles sempre arrumam um jeitinho e entram” afirmou.
Ao procurar pelo delegado, fui alertado pelo escrivão que o mesmo estava noutra sala e que eu deveria tomar cuidado, pois o mesmo é avesso a entrevistas e por demais irado.
É dever de ofício de a autoridade policial acompanhar e orientar os procedimentos nesses casos, na medida em que representa ele (Delegado) a Secretaria de Segurança e a garantia do estrito cumprimento da Lei.
Alertado sobre a minha presença o dito delegado se desalojou de onde estava aparentando sonolência e, para minha surpresa, optou primeiro por degustar calmamente um grande pão recheado com torresmo que o aguardava numa mesa.
Identifiquei-me com a credencial, enquanto ele comia. Perguntado sobre o caso o mesmo sem me fixar e demonstrando total desprezo perguntou ao escrivão do que se tratava e, sem tirar os olhos do torresmo murmurou: “É furto. Vou mandar a perícia para o local e ele está preso”. “Você qué um pedaço” sic, respondi negativamente e insisti que ali estava apenas e tão somente para obter informações.
O LADRÃO
Sou nóia fumo crack e moro na rua
Algemado e com o rosto virado para a parede declarou “Sou nóia doutô” (sic) disse-me ele, cabisbaixo, triste e demonstrando arrependimento. “Moro na rua porque minha família me pôs prá fora por causa do meu vício de crack” continuou. Afirmou ainda que já cumpriu pena pelo mesmo art. 155 (furto). A entrevista foi interrompida pelos policiais que alegaram, com razão, ter que dar continuidade aos procedimentos, foto, impressões digitais etc.
SONOLÊNCIA, IRA, DESRESPEITO E BERROS!
Ao lado dos objetos furtado o delegado José Carlos depois do pão com torresmo
Ao presenciar meu instrumento de trabalho (máquina fotográfica) pois acabara de fotografar o acusado, o delegado insurgiu com violência verbal e aos berros arrancou a máquina das minhas mãos ordenando ao escrivão que apagasse as imagens. Inteligente, conhecedor da Lei e precavido o escrivão alegou não saber fazê-lo. Transtornado o Dr. José Carlos devolveu-me o instrumento e passou a me empurrar para fora do distrito, gritando para que eu fosse para o 22 DP (próximo destino meu a trabalho). “Suma daqui, não gosto de publicidade, não quero saber de foto e se você publicar alguma coisa eu te processo, insuflando os presentes a servi-lhe como testemunha”.
Sai apressado, escorraçado, humilhado e constrangido. Foi quando me lembrei de que estamos no Brasil, vivemos num estado de direito, a Lei prevalece, ninguém está acima da legislação vigente. Voltei e pude flagrar o irritadiço bem acomodado por sobre uma mesa que deveria ser de trabalho, mas que servia-lhe como local de descanso. Fotografei.
Novos empurrões, xingamentos, ameaças bem ao velho estilo “faroeste americano”.
Destaco nesta matéria a antítese praticada pelos policiais militares. Ao contrário, solícitos, equilibrados, sóbrios e respeitosos responderam-me a todas as perguntas e me emocionei ao ouvir o jovem Soldado Gonçalves responder a minha pergunta se ele não preferia ser um político, (que ganha mais) ao invés de passar a noite correndo risco de vida.
Educado, ele olhou para o solo, depois para o céu e demonstrando emoção contida respondeu-me: “A sociedade precisa do meu trabalho. Escolhi essa profissão, tenho orgulho e gosto do que faço”
Peguei meu velho Fiestinha 94 (que dessa vez não p-recisou dar tranco para pegar) e continuei minha caminhada. Digo eu: “A sociedade precisa do meu trabalho (informação), gosto do que faço, escolhi essa profissão e tenho orgulho do que faço, apesar dos solavancos”
Obs: Por medida de segurança este texto está sendo publicado no blog psdbmilitancia.blogspot.com, na coluna CUTUCANO e no jornal Folha Leste importante semanário da nossa querida zona Leste e ao qual tenho orgulho em servir.
Cópia será enviada ao Sindicato dos Jornalistas, a Delecacia Seccional e a Secretaria de Segurança Pública, antes que, por acaso, meu corpo apareça por aí com a boca cheia de pão com torresmo e, talvez, algumas azeitonas advindas de uma ponto quarenta.
MTB 39744
Prezado jornalista Edson Marque, é de gente como você e o soldado Gonçalves que a sociedade realmente precisa.
ResponderExcluirQuero manifestar minha solidariedade e ao mesmo tempo agradecer o trabalho de você. Na hora dos entreveros, eu e grande parte da sociedade estávamos dormindo!
Bom trabalho e boa sorte!