De: Mara Montezuma Assaf montezuma.scriba@gmail.com
Li na revista ISTOÉ uma entrevista com a Ministra Iriny Lopes, a mesma que se insurgiu contra a propaganda das calcinhas e em defesa da imagem e da moral da mulher brasileira. Se alguma dúvida eu tinha de que a censura já vigorava no Brasil, agora passei a ter certeza. Candidamente a ministra admite que dentro do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, ela interfere sim no uso da imagem veiculada pelas publicidades; que o conceito de conteúdo certo e errado é definido pela secretaria; que , segundo palavras da ministra, "entramos em contato com as redes de televisão para expressar tanto o agrado quanto nosso desagrado...também já fizemos contato solicitando alteração, dialogando no sentido de mudar o perfil de personagens..." " recentemente me reuni com a Globo. Na novela "Fina Estampa, ...a personagem de Dira Paes apanhava muito no começo.Agora eles deram um tempo"...Conclusão: só falta instalar um funcionário da secretaria dentro dos veículos de comunicação para exercer de fato e oficialmente o papel de censor ...se é que já não estão lá!
Realmente as ações da Ministra Iriny não coadunam com aquilo que se spera de autoridades no Estado Democrático e de Direito. Como se não bastasse a postura moralista e piegas, a Ministra, na verdade, interfere na liberdade de espressão, criação e manifestação. Ora, depois que inventaram o controle remoto, cabe a cada qual, decidir o que assitir, quando assitir e como assistir.
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